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Tirei este palavreado em alemão daqui para perguntar quem é que está a participar neste wiki. Parece-me que não teve grandes desenvolvimentos nos últimos meses, por isso gostava de tentar dar algum ânimo. Também sou ciclista diariamente (até me terem roubado a bicla, mas isso é outra história), e quero uma cidade ciclável. Sei que para isso é necessário um esforço hercúleo, os automóveis são muito pesados em diversos sentidos, o que torna o nosso desafio mais difícil...

... mas possível. Depois de um ano de ausência em Lisboa, verifiquei que há muito mais gente a andar de bicicleta na cidade.

Em termos práticos, o que ofereço é:

  1. tempo para trabalhar na área do desenho urbano e gestão de tráfego;
  2. tempo de alguns amigos para executarem tarefas bem definidas na área da gestão de tráfego;
  3. vontade.


Para tudo isso precisava de saber em que ponto está esta iniciativa e quem está com ela activamente. Se alguém puder deixar-me algumas notas telegráficas sobre isso agradecia.

Sei que muitos de vocês se encontram e conversam na bicicletada, mas eu nunca posso lá estar, porque trabalho até às seis da tarde (e a minha bicla nova só chega para a semana). Por isso era essencial que escrevessem qualquer coisa aqui.

Apaguem, acrescentem e editem, eu agradeço.

Zé Miguel


Marcos Pais, 16 de Dezembro 2006

Olá Zé,

é verdade, esta wiki tem estado um pouco parada à espera de mais contribuições. Penso que é inútil aguardar que mais pessoas se manifestem porque parece-me que isso não irá acontecer. O melhor será combinar um encontro com as pessoas que se mostraram até ao momento interessadas e avançar com a proposta. És capaz de apresentar um desenho urbano das vias com as alterações propostas? É isso que nos falta. Se sim, vamos a reunir e a fazer isso.

José Miguel, 18 de Dezembro 2006

Olá Marcos,

Sou, mas preciso de conhecer as bases de trabalho, isto é, os levantamentos que há e os que são necessários. Posso fornecer cartografia digital a 1:5000 de algumas zonas. Tudo por vias travessas, porque não estou autorizado a tal na empresa onde trabalho. Eu não me preocupo, porque a cartografia é como o dinheiro, não tem côr. No entanto, compreendo que possa haver alguém envolvido no projecto que não aceite isso. Vou tentar confirmar isto amanhã. Também tenho ortofotomapas da zona norte da cidade.

Já falei com gente sobre estes assuntos e penso que estou mais ou menos dentro do conceito subjancente ao desenho que se pretende. Mais integração, menos segregação, tentativa de encontrar traçados amigáveis para o ciclista (menos relevo, menos agressividade do ambiente viário, penso que isso já está feito, não é?), limitação a sério das velocidades de circulação nas vias cicláveis, medidas de limitação real de estacionamento fora de recortes, etc... De novo, contradiz se achares alguma coisa errada.

Resumindo:

dá-me uma listagem da cartografia existente, com referência à escala;

eu dou ainda esta semana uma listagem do que posso fornecer ao nível de bases de trabalho;

depois de isto estar feito, marca uma data.


Marcos Pais, 26 de Dezembro 2006

Assumo a minha ignorância no que concerne ao desenho urbano, mas tenho a ideia que não é difícil conseguir plantas 1:2000 do trajecto que queremos. Esta escala é suficiente? É possível a partir destas plantas fazer desenho das ruas cicláveis? Temos o apoio da fotos que foram tiradas. O objectivo, segundo penso, será fazer algo como o que está aqui para alguns pontos do trajecto, a título exemplificativo, não será fazer um projecto para a CML.

Lumo 19:12, 27 December 2006 (UTC)

Olá, grande confusão que houve para aqui!

Na realidade, não poercebo como é que veio parar aqui o conteúdo em alemão... Alguém aproveitou a nossa página... Esperemos que tal não volte a acontecer. Entretanto, mais abaixo, fica o conteúdo original, com várias colaborações...

Quanto ao actual estado do trajecto farol, vamos ver se consigo resumir...

Em relação à recolha de informação e fotografias, falta apenas o trecho Campo Pequeno->Saldanha, apenas neste sentido. Já há que tempos que estou para tratar disso, mas tenho andado a pensar noutras coisas e também mais ninguém tratou disso.

A minha ideia é, mal essa informação esteja na wiki, que se volte a apelar aos participantes da lista da MC para comentarem e darem sugestões. De seguida, marcava-se uma reunião presencial, aberta a todos, onde se discutiriam os princípios base da elaboração da proposta. Essa reunião poderia decorrer, penso, num sábado ou assim, por exemplo na Crew Hassan, penso que eles disponibilizariam o espaço. É esta a minha ideia, naturalmente sujeita a discussão...

Ora, quanto à colaboração do Zé Miguel, naturalmente que é mais do que bem vinda! Porém, não percebo bem a questão da cartografia e das escalas... Ora, a ideia do trajecto farol é ser uma proposta feita por utilizadores de bicicletas, e não por técnicos... Por isso, a proposta deve ser tão simples e directa quanto possível, pois o trabalho técnico deve aparecer apenas numa fase subsequente... Apenas se houver uma resposta da câmara à nossa proposta é que devemos, possivelmente, discutir a implementação técnica, não antes disso...

Um abraço do Luís Mota


27 de Dezembro, 2006

  1. A questão do desenho urbano foi cá posta de propósito. Da experiência que tive com outros projectos, em áreas muito diferentes, concluí que sem se ter soluções concretas a discussão se prolonga em loop infinito. Não conheço os interlocutores na CML, mas não é difícil adivinhar que numa matéria como esta estejam prontos a agarrar uma oportunidade para adiar qualquer tipo de decisão.
  2. A minha sugestão é que se desenhe ao pormenor um pequeno troço, como forma de ilustrar o que se pretende fazer.
  3. Campo Pequeno-Saldanha está agora em obras, pode não ser a altura ideal para fotografar.
  4. Uma pergunta simples, apenas para me situar: preferem bici+automóveis, via exclusiva para bici, bici+bus ou bici+peão? Não quero levantar discussões que já devem ser passado para quem participa neste wiki, apenas enquadrar-me com a posição de quem está no projecto.

zé miguel


Marcos Pais, 6 de Janeiro de 2007

Zé, a primeira opção no eixo em causa (devido à intensidade e velocidade do tráfego) deverá ser bici+bus, já que bici+automóveis é desaconselhada pela literatura disponível.


Marcos,

Mais paleio que já devem ter ouvido, lido e repetido em muitos locais:

Quanto à integração da bicicleta em vias com automóveis, acho possível e aconselhável em ruas de acesso local, ou mesmo em qualquer rua que não seja uma via principal (por exemplo a 5 de outubro, a av de roma, as ruas em torno do parque eduardo VII, as ruas paralelas às avenidas marginais). Acho que é mais económico, seguro e eficaz. Além disso tem um impacto directo sobre a população, mostra obra feita, é bom para os políticos comerem e para se captar mais simpatias pelo projecto.

Consegue-se assim criar percursos que permitem ir de um ponto na cidade a outro sem passar pelas grandes avenidas. Afinal, a velocidade máxima na cidade é 50km/h e 30 em zonas eminentemente residenciais. Ora estas velocidades já dão algumas garantias de segurança. Basta sinalizar a presença de bicicletas com pinturas no chão ou sinalização horizontal. A redução da velocidade de circulação conseguir-se-ia com lombas, e com a integração natural do ciclista na rede viária.

Penso mesmo que o que pode desencadear este processo a sério é a sinalização vertical e horizontal. Confere um carácter oficial ao ciclista, o automobilista começa a pensar que o ciclista é uma peça integrante da cidade, que a bicicleta está prevista pelas autoridades. Mais tarde deve vir a via exclusiva, mas por agora é muito importante apenas a sinalização.

Acho que este é um passo muito importante para a cidade, mais do que dar condições à bicicleta para circular em grandes avenidas (republica, fontes pereira de melo, infante d henrique, 24 julho). Asseguro-vos que a grande maioria dos utilizadores de bicicleta não vão querer ir da baixa à avenidas novas, ou de picoas a alcântara. Pelo contrário, quererão ir ao cinema, ou às compras, ou visitar alguém que viva naquele intervalo de distâncias em que já cansa andar a pé, mas em que o automóvel pode ser substituido pela bicicleta.

Se uma bicicleta é pequena para um automóvel, o que não será para um autocarro da carris!

Deixo-vos uma prenda, que certamente já devem ter visto (o som está MUITO descoordenado da imagem).

http://video.google.com/googleplayer.swf?docId=3756757463272488023&hl=en

Insisto para que se distribuam tarefas e disponibilizem todos os documentos produzidos até ao momento. Gostava também de saber quem tem algum contacto na CML ou noção da pessoa com quem se deve contactar em primeiro lugar. Está na altura de pôr qualquer coisa a funcionar. Os mais antigos neste projecto poderão facilmente escrever em duas linhas um resumo dos contactos feitos com a CML.

Boa noite a todos,

zé miguel


Acrescentado por Fbruno69 14:16, 9 March 2006 (EST):

  1. Corredor BUS desde o Conde Barão até ao Cais do Sodré - passando pela R. da Boavista e R. de S. Paulo - e até à Praça do Municipio Percurso plano e recto, com visibilidade para a CML; a utilização hoje não deve ser muito grande, mas também pode ser facilmente expandido principalmente se conseguirmos prolongar isto para a Infante Santo e travessia para a Av. da India (grande utilização ao fim de semana) Esta opção implica a necessária alteração das disposições regulamentares de modo a que as bicicletas sejam autorizadas nos corredores BUS;
  2. Via do Porto de Lisboa (não sei o nome), desde Sta Apolónia até aos armazens [1] junto à Expo (prolongar para ligar à Expo é complicado devido à Castelimo) Muito utilizado principalmente ao fim de semana, não sei se terá muita visibilidade exactamente por ser feito por uma via 'lateral' - se se conseguir assinalar uma travessia em Sta Apolónia para o Largo do Museu da Artilharia e Rua do Jardim do Tabaco, permite prolongar por uma rua calma (por oposição da Av. que eu normalmente utilizo) e fazer a ligação à Praça do Comércio e CML. A barreira no final da Via do Porto deverá ser alterada para evitar que tenhamos que subir o passeio.

Todos estes trajectos cicláveis já existem e são mais ou menos utilizados. Para se dar visibilidade falta simplesmente marcá-los como tal:

  1. Sinalização vertical e pintura no chão de símbolos tipo este [2]
  2. Divulgação quer nos orgãos da Câmara, bem como pelos diversos orgãos de informação e sessões de esclarecimento junto dos operadores de transportes públicos (contacto com a FPCUB pode facilitar pois pelo menos a Carris tem um Clube Desportivo que é sócio da FPCUB...)
  3. criação de pequenos panfletos e mapas 'ciclistas' para distribuição pelas lojas e clubes interessados, bem como pela população da cidade
  4. inclusão de parques para bicicletas em diversos pontos ao longo das rotas, principalmente nos pontos de interesse público (perto das estações de Comboio, CML, BN, jardins ao longo dos percursos


Acrescentado por Lumo 21:51, 20 March 2006 (EST):

O Manuel João Ramos, da ACA-M, alertou para a existência de fundos (supostamente da UE) para "investimentos no domínio da segurança rodoviária", fundos administrados pela DGV, com esta documentação(infelizmente não totalmente acessível).


Acrescentado por Lumo 14:45, 19 April 2006 (EDT)

Numa conferência na Gulbenkian sobre mobilidade, a que infelizmente assisti apenas parcialmente e através da Internet, ouvi uma intervenção do Prof. José Manuel Viegas, do Instituto Superior Técnico. Ele falou sobre a questão das bicicletas, e diz que o grande problema é a falta de massa crítica (sic, curiosa referência), e que é muito difícil passar de uma taxa de utilização de bicicleta de 1/1000 para 5 ou 10%: há um grande risco da subida vertiginosa de acidentes e mortes. Este tipo de afirmação já foi porém várias vezes contrariada em pequenas apresentações (como no caso da Tertúlia de 24.6.06), pela apresentação de estudos que mostravam o declínio do número de acidentes com o aumento do número de bicicletas (há fontes para isto?). De qualquer maneira, é preciso, segundo ele, uma grande sensibilização dos automobilistas. Para tal, propõe que, ao domingo, se reservem as avenidas principais de Lisboa (falou da República e Fontes Pereira de Melo), na sua parte mais nobre, à utilização privilegiada de bicicletas, passando o resto do tráfego para a parte secundária da via. Assim, ao fim de um ano ou mais, os automobilistas dar-se-iam conta da existência de bicicletas... Acho que se devia propor isto.

Outra questão levantada em relação às bicicletas foi a partilha do corredor BUS. O mesmo orador disse que isso foi tentado em Paris e que a velocidade média dos autocarros desceu... Não sei até que ponto será verdade (não foi quantificado, nem caracterizado temporalmente), mas tem de se ter alguma atenção a isso.


Anónimo: Alerto só para que a discussão dos diferentes segmentos não esqueça a, muito importante, ligação entre os mesmos. Ter atenção para não os discutir como partes estanques. O eixo tem que ser uma coisa o mais continuo possível.

Lumo 17:57, 4 July 2006 (UTC): Penso que um dos princípios que deveria orientar a implementação do Trajecto Farol seria que qualquer alteração proposta deve sempre ter em conta os utilizadores mais frágeis do espaço público (e, já agora, também não poluentes): os peões. Por isso, as alterações devem contribuir para a integração segura das bicicletas no trânsito, mas nunca piorando em nenhuma situação a utilização do espaço público pelos peões. Penso que devemos preocupar-nos com os peões, a sua mobilidade e a sua segurança tanto como com as dos ciclistas.

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